terça-feira, 4 de março de 2008

Família Real no Brasil




Você sabia que a corte portuguesa se instalou no Brasil no início do século XIX? O Brasil, que era colônia de Portugal, viu-se, de uma hora para outra, como sede da metrópole! O que teria levado D. Maria I, seu filho D. João VI e quase 15 mil fidalgos portugueses a fugirem para o Rio de Janeiro em 1808?


O motivo da fuga tem nome: Napoleão Bonaparte
Imperador da França a partir de 1804, Napoleão buscava implantar uma política de dominação sobre as demais nações européias ampliando seu poder no continente.
Os territórios invadidos perdiam seus limites territoriais e políticos e eram anexados à França, que disputava com a Inglaterra o título de nação mais poderosa na Europa no início do século XIX. Ambas haviam passado por mudanças importantes em meados do século XVIII, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa.Muitas transformações aconteceram em função desses processos revolucionários: na maneira de produzir, de ver o mundo, nas relações sociais. Também é importante saber que essas transformações não ficaram limitadas aos países onde ocorreram inicialmente, elas foram se expandindo para o resto da Europa, inclusive chegando às Américas, influenciando os processos de independência das colônias.Clique na imagem para ampliá-la:
Napoleão, além de buscar a ampliação do seu poder sobre a Europa, tinha como principal alvo a Inglaterra. Porém, invadir a Inglaterra, que era uma ilha rica e poderosa, seria certamente um fracasso.Como conseqüência da Revolução Industrial, os ingleses buscavam ampliar os mercados, já que precisavam de matérias primas para a produção e de consumidores para seus produtos.Então, a idéia foi armar uma estratégia que enfraquecesse a Inglaterra economicamente: o Bloqueio Continental. Este determinava que os territórios sobre domínio francês estavam proibidos de comercializar com a Inglaterra e, aqueles que não estavam sob domínio napoleônico, seriam invadidos caso desrespeitassem o bloqueio.


E Portugal nessa história?
Nossa metrópole estava endividada com a Inglaterra e, apesar de temer a invasão, não pode aderir ao Bloqueio. Para os ingleses, o comércio com Portugal foi a válvula de escape à estratégia imposta por Napoleão.
No entanto, a relação com a Inglaterra foi também o motivo da invasão francesa em território lusitano. Com receio do exército napoleônico, a corte portuguesa protagoniza um espetáculo que, do ponto de vista português, não foi nada honroso: a fuga da família real portuguesa para o Brasil.

Detalhes da viagem e da chegada da corte ao Brasil
Temeroso das conseqüências da invasão napoleônica, D. João VI, príncipe regente de Portugal, não hesita: a melhor saída estava em direção ao mar.
Sem condições de fugir por conta própria, Portugal contou com a ajuda da famosa esquadra britânica, que colocou seus navios à disposição da corte. É claro que esse auxílio ampliava os compromissos do governo português com o governo inglês. Se o ditado diz que o comandante é o último a abandonar a embarcação, nessa história deu-se o contrário: a família real fugiu de Portugal e deixou seu povo. Aliás, falando em ditos populares, a expressão “foi deixado a ver navios” teria a sua origem na situação a que o povo português foi reduzido: de expectador da partida de seu monarca e dos fidalgos que o acompanharam.A corte embarca assustada e de forma atrapalhada, levando tudo o que fosse possível carregar. Uma verdadeira pilhagem das riquezas portuguesas, inclusive de igrejas, foi feita pela nobreza. O próprio D. João VI teria fugido disfarçado, usando uma pesada crina de cavalo como peruca.Até mesmo a mãe de D. João VI, D. Maria I (conhecida por “a louca”), que vivia enclausurada em função de seus problemas mentais, teria reagido aos berros diante da confusão da partida: “Ai Jesus! Vão pensar que estamos fugindo!”As condições da viagem não foram animadoras e muitos chegaram aqui com a cabeça cheia de piolhos. Temos de considerar que os hábitos de higiene da nobreza européia, naquela época, não eram lá muito bons. Era comum a convivência com cheiros fortes decorrentes da pouca freqüência de banhos e ausência de sanitários.A realidade brasileiraMas não pense que a situação na Colônia, mais especificamente no Rio de Janeiro, que se transformaria em sede da metrópole, era favorável em termos de estrutura e condições de higiene.Documentos de época relatam que os ocupantes dos navios, 35 no total, ao avistarem a Baia da Guanabara, ficaram impressionados com a beleza natural que avistaram. No entanto, a proximidade com o porto, fez com que a primeira impressão não durasse em função do cheiro fétido de esgoto que exalava na baia, utilizada como despejo de todo tipo de lixo, associado ao calor intenso.Seja como for, se pensarmos no contexto da época, a chegada da família real portuguesa no Brasil causou impacto, status, mudanças culturais importantes e também novos problemas ao Brasil.Com o objetivo de acomodar os ilustres visitantes, os moradores possuidores de dois imóveis ou mais, foram brindados com um PR de Príncipe Regente na porta das casas, que seria rapidamente traduzido pela população como “ponha-se na rua”, já que muitos tiveram que ceder suas propriedades para acomodar a corte portuguesa.

Conseqüências do Período Joanino para o Brasil
Após a chegada da corte portuguesa em 1808, a vida jamais voltou a ser a mesma na cidade do Rio de Janeiro.Transformar-se em sede da metrópole trouxe muitas e impactantes mudanças para a cidade, mas, ao mesmo tempo, os problemas aumentaram rapidamente. Afinal, a cidade não tinha infra-estrutura suficiente para abrigar, de uma hora para outra, tantos habitantes a mais.
Uma das primeiras atitudes de D. João VI ao chegar em território brasileiro foi promover a “Abertura dos Portos Brasileiros às Nações Amigas”, o que significou, na prática, o rompimento da exclusividade comercial que Portugal tinha sobre o Brasil.A partir desse momento, a Inglaterra começa a inundar o mercado brasileiro de produtos para serem comercializados aqui. A Inglaterra entra na moda, principalmente na cidade do Rio de Janeiro. Vestir, usar e, principalmente, exibir produtos de origem britânica, conferia status para os brasileiros.E os ingleses mandavam todos os tipos de produtos: patins para andar na neve, carteira para papel moeda (dinheiro em papel) - sendo que na colônia só circulavam moedas - ternos de lã, chapéus e toda a sorte de quinquilharias que atraiam o interesse de consumidores cheios de vontade de “andar na moda”. Desta forma, D. João VI retribui o auxílio inglês na hora da fuga e, a Inglaterra, por sua vez, fura o Bloqueio Continental imposto por Napoleão.

Mais conseqüências do Período Joanino para o Brasil
Continuando a falar em mudanças, do ponto de vista do estímulo à vida cultural e artística, elas não foram menos importantes que as mudanças econômicas. D. João funda a Biblioteca Nacional e o Jardim Botânico no Rio de Janeiro. Muitos espetáculos são trazidos para o Brasil, assim como missões artísticas formadas por pintores e naturalistas, estudiosos da área científica que tinha por objetivo catalogar e analisar animais e vegetações, principalmente em territórios considerados exóticos em relação à Europa. Cursos superiores são criados, com destaque para as áreas de Medicina e Direito.A liberdade de produzir também é assinada por D. João VI, na tentativa de estimular o desenvolvimento econômico brasileiro. No entanto, a nossa indústria, que engatinhava, não conseguia competir com os sofisticados produtos vindos da Inglaterra, o que tornou o processo de industrialização mais uma idéia do que uma realidade nesse período.O fato é que, depois de ter experimentado ares de liberdade, de ter vivido com requintes de corte, será muito difícil o Brasil aceitar a volta à situação de colônia.Em 1821, após a derrota napoleônica, os portugueses passam a exigir a volta da corte para Portugal. D. João retorna para não perder o trono, mas deixa aqui seu filho, o Príncipe D. Pedro de Alcântara, com a intenção de que este liderasse o movimento de independência que, segundo sua opinião, era questão de tempo.D. João VI, já em Portugal, morre em 1826, alguns anos após a Independência do Brasil, ocorrida oficialmente em 1822.
Fonte: Klickeducação

domingo, 24 de fevereiro de 2008

INTERNACIONALIZAÇÃO DA AMAZÔNIA

Discurso do ex-Ministro brasileiro de Educação dá Show nos EUA. Merece ser lido, afinal não é todos os dias que um brasileiro dá um 'baile' educadíssimo aos Americanos...
Durante um debate numa universidade nos Estados Unidos, o ex-governador do DF, e ex-Ministro da Educação CRISTOVAM BUARQUE, foi questionado sobre o que pensava da internacionalização da Amazônia.
O jovem americano introduziu sua pergunta dizendo que esperava a resposta de um Humanista e não de um Brasileiro.
Esta foi a Resposta do Sr. Cristovam Buarque :
"De fato, como brasileiro eu simplesmente falaria contra internacionalização da Amazônia. Por mais que nossos governos não tenham o devido cuidado com esse patrimônio,ele é nosso. Como humanista, sentindo o risco da degradação ambiental que sofre a Amazônia, posso imaginar a sua internacionalização, como também de tudo o mais que tem importância para a humanidade.
Se a Amazônia, sob uma ética humanista, deve ser internacionalizada, internacionalizemos também as reservas de petróleo do mundo inteiro. O petróleo é tão importante para o bem-estar da humanidade quanto a Amazônia para o nosso futuro. Apesar disso, os donos das reservas sentem-se no direito de aumentar ou diminuir a extração de petróleo e subir ou não o seu preço.
Da mesma forma, o capital financeiro dos países ricos deveria ser internacionalizado. Se a Amazônia é uma reserva para todos os seres humanos,ela não pode ser queimada pela vontade de um dono, ou de um país.
Queimar a Amazônia é tão grave quanto o desemprego provocado pelas decisões arbitrárias dos especuladores globais. Não podemos deixar que as reservas financeiras sirvam para queimar países inteiros na volúpia da especulação.
Antes mesmo da Amazônia, eu gostaria de ver a internacionalização de todos os grandes museus do mundo. O Louvre não deve pertencer apenas à França. Cada museu do mundo é guardião das mais belas peças produzidas pelo gênio humano. Não se pode deixar esse patrimônio cultural, como o patrimônio natural Amazônico, seja manipulado e destruído pelo gosto de um proprietário ou de um país. Não faz muito, um milionário japonês, decidiu enterrar com ele, um quadro de um grande mestre.
Antes disso, aquele quadro deveria ter sido internacionalizado.
Durante este encontro, as Nações Unidas estão realizando o Fórum do Milênio,mas alguns presidentes de países tiveram dificuldades em comparecer por constrangimentos na fronteira dos EUA. Por isso, eu acho que Nova York, como sede das Nações Unidas, deve ser internacionalizada. Pelo menos Manhatan deveria pertencer a toda a humanidade. Assim como Paris, Veneza, Roma, Londres, Rio de Janeiro, Brasília, Recife, cada cidade, com sua beleza específica, sua historia do mundo, deveria pertencer ao mundo inteiro.
Se os EUA querem internacionalizar a Amazônia, pelo risco de deixá-la nas mãos de brasileiros, internacionalizemos todos os arsenais nucleares dos EUA. Até porque eles já demonstraram que são capazes de usar essas armas, provocando uma destruição milhares de vezes maior do que as lamentáveis queimadas feitas nas florestas do Brasil.
Nos seus debates, os atuais candidatos à presidência dos EUA têm defendido a idéia de internacionalizar as reservas florestais do mundo em troca da dívida. Comecemos usando essa dívida para garantir que cada criança do Mundo tenha possibilidade de COMER e de ir à escola.
Internacionalizemos as crianças tratando-as, todas elas, não importando o país onde nasceu, como patrimônio que merece cuidados do mundo inteiro.
Ainda mais do que merece a Amazônia.
Quando os dirigentes tratarem as crianças pobres do mundo como um patrimônio da Humanidade, eles não deixarão que elas trabalhem quando deveriam estudar, que morram quando deveriam viver. Como humanista, aceito defender a internacionalização do mundo...
Mas, enquanto o mundo me tratar como brasileiro, lutarei para que a Amazônia seja nossa. Só nossa!'.
ESTA MATÉRIA NÃO FOI PUBLICADA.
AJUDE A DIVULGÁ-LA
Porque acho este discurso muito importante...
Mais ainda porque foi Censurado...


Josevaldo Soares

domingo, 17 de fevereiro de 2008

Carta do Chefe Seattle

Em 1854, "O Grande Chefe Branco" em Washington fez uma oferta por uma grande área de território indígena e prometeu uma "reserva" para os índios.
A resposta do Chefe Seattle, aqui reproduzida na íntegra, tem sido considerada uma das declarações mais belas e profundas já feitas sobre o meio-ambiente:
“Como você pode comprar ou vender o céu, o calor da terra? A idéia é estranha para nós. Se nós não somos donos da frescura do ar e do brilho da água, como você pode comprá-los? Cada parte da Terra é sagrada para o meu povo.
Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa nas florestas escuras, cada inseto transparente, zumbindo, é sagrado na memória e na experiência de meu povo.
A energia que flui pelas árvores traz consigo a memória e a experiência do meu povo. A energia que flui pelas árvores traz consigo as memórias do homem vermelho.
Os mortos do homem branco se esquecem da sua pátria quando vão caminhar entre as estrelas. Nossos mortos nunca se esquecem desta bela Terra, pois ela é a mãe do homem vermelho. Somos parte da Terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs, os cervos, o cavalo, a grande águia, estes são nossos irmãos. Os picos rochosos, as seivas nas campinas, o calor do corpo do pônei, e o homem, todos pertencem à mesma família.
Assim, quando o Grande Chefe em Washington manda dizer que quer comprar nossa terra, ele pede muito de nós. O Grande Chefe manda dizer que reservará para nós um lugar onde poderemos viver confortavelmente. Ele será nosso pai e nós seremos seus filhos. Então vamos considerar sua oferta de comprar a terra. Mas não vai ser fácil. Pois esta terra é sagrada para nós.
A água brilhante que se move nos riachos e rios não é simplesmente água, mas o sangue de nossos ancestrais. Se vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que ela é o sangue sagrado de nossos ancestrais. Se nós vendermos a terra para vocês, vocês devem se lembrar de que ela é sagrada, e vocês devem ensinar a seus filhos que ela é sagrada e que cada reflexo do além na água clara dos lagos fala de coisas da vida de meu povo. O murmúrio da água é a voz do pai de meu pai.
Os rios nossos irmãos saciam nossa sede. Os rios levam nossas canoas e alimentam nossas crianças. Se vendermos nossa terra para vocês, vocês devem lembrar-se de ensinar a seus filhos que os rios são irmãos nossos, e de vocês, e consequentemente vocês devem ter para com os rios o mesmo carinho que têm para com seus irmãos. Nós sabemos que o homem branco não entende nossas maneiras. Para ele um pedaço de terra é igual ao outro, pois ele é um estranho que chega à noite e tira da terra tudo o que precisa. A Terra não é seu irmão, mas seu inimigo e quando ele o vence, segue em frente. Ele deixa para trás os túmulos de seus pais, e não se importa. Ele seqüestra a Terra de seus filhos, e não se importa.
O túmulo de seu pai, e o direito de primogenitura de seus filhos são esquecidos. Ele ameaça sua mãe, a Terra, e seu irmão, do mesmo modo, como coisas que comprou, roubou, vendeu como carneiros ou contas brilhantes. Seu apetite devorará a Terra e deixará atrás de si apenas um deserto. Não sei. Nossas maneiras são diferentes das suas. A visão de suas cidades aflige os olhos do homem vermelho. Mas talvez seja porque o homem vermelho é selvagem e não entende.
Não existe lugar tranqüilo nas cidades do homem branco. Não há onde se possa escutar o abrir das folhas na primavera, ou o ruído das asas de um inseto. Mas talvez seja porque eu sou um selvagem e não entendo. A confusão parece servir apenas para insultar os ouvidos. E o que é a vida se um homem não pode ouvir o choro solitário de um curiango ou as conversas dos sapos, à noite, em volta de uma lagoa. Sou um homem vermelho e não entendo.
O índio prefere o som macio do vento lançando-se sobre a face do lago, e o cheiro do próprio vento, purificado por uma chuva de meio-dia, ou perfumado pelos pinheiros.
O ar é precioso para o homem vermelho, pois todas as coisas compartilham o mesmo hálito – a fera, a árvore, o homem, todos compartilham o mesmo hálito. O homem branco parece não perceber o ar que respira. Como um moribundo há dias esperando a morte, ele é insensível ao mau cheiro.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem se lembrar de que o ar é precioso para nós, que o ar compartilha seus espíritos com toda a vida que ele sustenta.
Mas se vendermos nossa terra, vocês devem mantê-la separada e sagrada, como um lugar onde mesmo o homem branco pode ir para sentir o vento que é adoçado pelas flores da campina.
Assim, vamos considerar sua oferta de comprar nossa terra. Se resolvermos aceitar, eu imporei uma condição – o homem branco deve tratar os animais desta terra como se fossem seus irmãos.
Sou um selvagem e não entendo de outra forma. Vi mil búfalos apodrecendo na pradaria, abandonados pelo homem branco que os matou da janela de um trem que passava.
Sou um selvagem e não entendo como o cavalo de ferro que fuma pode se tornar mais importante que o búfalo, que nós só matamos para ficarmos vivos.
O que é o homem sem os animais? Se todos os animais acabassem, o homem morreria de uma grande solidão do espírito. Pois tudo o que acontece aos animais, logo acontece ao homem. Todas as coisas estão ligadas.
Vocês devem ensinar a seus filhos que o chão sob seus pés é as cinzas de nossos avós. Para que eles respeitem a terra, digam a seus filhos que a Terra é rica com as vidas de nossos parentes. Ensinem as seus filhos o que ensinamos aos nossos, que a Terra é nossa mãe. Tudo o que acontece à Terra, acontece aos filhos da Terra. Se os homens cospem no chão, eles cospem em si mesmos.
Isto nós sabemos – a Terra não pertence ao homem – o homem pertence à Terra. Isto nós sabemos. Todas as coisas estão ligadas como o sangue que une uma família. Todas as coisas estão ligadas.
Tudo o que acontece à Terra – acontece aos filhos da Terra. O homem não teceu a teia da vida – ele é meramente um fio dela. O que quer que ele faça à teia, ele faz a si mesmo.
Mesmo o homem branco, cujo Deus anda e fala com ele como de amigo para amigo, não pode ficar isento do destino comum.
Podemos ser irmãos, afinal de contas. Veremos. De uma coisa nós sabemos, que o homem branco pode um dia descobrir – nosso Deus é o mesmo Deus. Vocês podem pensar agora que vocês O possuem como desejam possuir nossa terra, mas vocês não podem fazê-lo. Ele é Deus do homem, e Sua compaixão é igual tanto para com o homem vermelho quanto para com o branco. A Terra é preciosa para Ele, e danificar a Terra é acumular desprezo por seu criador. Os brancos também passarão, talvez antes de todas as outras tribos.
Mas em seu desaparecimento vocês brilharão com intensidade, queimados pela força do Deus que os trouxe a esta terra e para algum propósito especial lhes deu domínio sobre esta terra e sobre o homem vermelho. Esse destino é um mistério para nós, pois não entendemos quando os búfalos são mortos, os cavalos selvagens são domados, os recantos secretos da floresta carregados pelo cheiro de muitos homens, e a vista das montanhas maduras manchadas por fios que falam.
Onde está o bosque? Acabou. Onde está a águia? Acabou. O fim dos vivos e o começo da sobrevivência.”
Texto compilado por: Josevaldo Soares

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Origem do Município do Condado - PE


Antes de 1800, Goianinha (como era ante de ser Condado) era o ponto, onde os matutos provindos das bandas de Nazaré da Mata, com os cavalos carregados de açúcar e outros produtos agrícolas, em viagem para o porto mais próximo (Goiana), faziam pousada para descaso e alimentação de si e de seus animais. No local onde hoje é o Clube Municipal havia um rancho que servia de abrigo a estes viajantes. Lá eles tomavam pinga, faziam refeições e dormiam em redes.
O povoamento do município teve início nos fins do século XVIII. Em 1835, Goianinha, acolheu os legalistas que fugiram de Goiana em virtude da ocupação daquela cidade pelos adeptos do movimento revolucionário conhecido por “Guerra dos Cabanos”.
No povoado, em 1870, intenso surto de “Bexiga” vitimou a maior parte da população. Para debelar os efeitos maléficos a população religiosa fez uma promessa fervorosa a São Sebastião, conseguindo-se o milagre da debelação do mal. Por vontade popular o santo mártir se tornou co-padroeiro da localidade.
O topônimo do município que antes era Goianinha, por sugestão do geógrafo-historiador Mario Melo, passou a se chamar de CONDADO em homenagem ao Engenho Condado e riacho do mesmo nome ali existente.
Inicialmente, o distrito de Condado era denominado Goianinha e integrava o território do município de Goiana. Foi criado pela lei municipal nº. 28, de 07 de julho de 1896. Teve o nome mudado para Condado a 31 de dezembro de 1943, através do decreto-lei estadual nº. 952. Em 23 de março de 1944, foi assentada a cruz na torre da atual Igreja Matriz, o que marcou a inauguração do novo templo. Foi elevado à categoria de município autônomo, por lei estadual nº. 3.340, a 31 de dezembro de 1958. Sua instalação ocorreu a 11 de novembro de 1962. Administrativamente é formado pelo distrito Sede.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS DA ÁGUA

A presente Declaração Universal dos Direitos da Água foi proclamada tendo como objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações anunciados e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva. Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos. Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem. Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia. Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam. Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras. Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo. Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis. Art. 8º - A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado. Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social. Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra. Fonte: Organização das Nações Unidas Paris, 1992

A água não é só uma mera substância química formada por átomos de hidrogênio e oxigênio. Nela surgiu à primeira forma de vida do planeta há milhões de anos; dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie, e continua a manter toda a diversidade que conhecemos. "Terra, planeta água:” Nenhuma frase é tão verdadeira quanto essa, se pensarmos que 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada, e apenas 3% doce. Contudo, do percentual total da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, parte é gasosa e parte é líquida - representada pelas fontes subterrâneas e superficiais. Já os rios e lagos, que são nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente. Na Terra tudo é mantido graças à presença desse líquido vital: nossas cidades, nossas indústrias, nossas plantações, e, mesmo o oxigênio que respiramos, cerca de 70% dele, vem das microscópicas algas habitantes dessa enorme massa formada por rios, lagos e oceanos. foi proclamada tendo como objetivo atingir todos os indivíduos, todos os povos e todas as nações, para que todos os homens, tendo esta Declaração constantemente no espírito, se esforcem, através da educação e do ensino, em desenvolver o respeito aos direitos e obrigações anunciados e assumam, com medidas progressivas de ordem nacional e internacional, o seu reconhecimento e a sua aplicação efetiva.

Art. 1º - A água faz parte do patrimônio do planeta.Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão é plenamente responsável aos olhos de todos.

Art. 2º - A água é a seiva do nosso planeta. Ela é a condição essencial de vida de todo ser vegetal, animal ou humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura. O direito à água é um dos direitos fundamentais do ser humano: o direito à vida, tal qual é estipulado do Art. 3 º da Declaração dos Direitos do Homem.

Art. 3º - Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.

Art. 4º - O equilíbrio e o futuro do nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende, em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.

Art. 5º - A água não é somente uma herança dos nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como uma obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.

Art. 6º - A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.

Art. 7º - A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.

Art. 8º - A utilização da água implica o respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.

Art. 9º - A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.

Art. 10º - O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

Fonte: Organização das Nações Unidas Paris, 1992

A água não é só uma mera substância química formada por átomos de hidrogênio e oxigênio. Nela surgiu à primeira forma de vida do planeta há milhões de anos; dela o processo evolutivo caminhou até formar nossa espécie, e continua a manter toda a diversidade que conhecemos.

"Terra, planeta água:”

Nenhuma frase é tão verdadeira quanto essa, se pensarmos que 3/4 da superfície do nosso mundo são cobertos por água, sendo 97% salgada, e apenas 3% doce. Contudo, do percentual total da água doce existente, a maior parte encontra-se sob a forma de gelo nas calotas polares e geleiras, parte é gasosa e parte é líquida - representada pelas fontes subterrâneas e superficiais. Já os rios e lagos, que são nossas principais formas de abastecimento, correspondem a apenas 0,01% desse percentual, aproximadamente.

Na Terra tudo é mantido graças à presença desse líquido vital: nossas cidades, nossas indústrias, nossas plantações, e, mesmo o oxigênio que respiramos, cerca de 70% dele, vem das microscópicas algas habitantes dessa enorme massa formada por rios, lagos e oceanos.

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Hebreus (israelitas)

Qual a origem e significado do termo “hebreu”?
Esse nome vem da raiz ‘a-vár’, que significa “passar, transitar, atravessar, cruzar”. Esse nome denota viadantes, aqueles que ‘passam adiante’. Isto porque os israelitas por um tempo realmente levaram uma vida nômade.
Os hebreus tiveram uma história de migração, lutas, fugas e cativeiros, mas procuravam e conseguiram preservar sua cultura.
A civilização hebraica, formada por pastores nômades viviam na cidade de Ur, na Mesopotâmia. Conduzidos por Abraão, partiram de Ur e se estabeleceram na Palestina. No meio do seu território havia o rio Jordão, que fazia da região a área mais fértil e favorável para a agricultura. Eles chegaram a Palestina por volta de 2.000 a. C., esse território era conhecido como terra de Canaã.
Você encontrará um registro completo sobre a vida dos hebreus na Bíblia. Lá estão registrados toda sua peregrinação, sua moral, costumes, leis e história religiosa. Eles deixaram como herança o monoteísmo,a crença em um único Deus verdadeiro.
Podemos dividir a história dos hebreus em 3 etapas: governo dos patriarcas, governo dos juízes e governo dos reis.
Então, vamos começar??!!
GOVERNO OU ERA DOS PATRIARCAS
Os hebreus eram dirigidos por patriarcas, estes eram líderes políticos, que eram encarados como o “pai” da comunidade.
O primeiro grande líder, ou patriarca hebreu foi Abraão, segundo o antigo testamento. Abraão era mesopotâmico, originário de Ur, da Caldéia.
Abraão conduziu os hebreus de Ur, rumo a Palestina( terra prometida). Chegaram por volta de 2000 a. C., viveram na Palestina por quase três séculos. Durante esse tempo, Abraão fundou uma cultura religiosa monoteísta. Eles saíram de Ur em direção a terra Prometida confiando na promessa de seu único Deus Jeová de levá-los a uma terra que mana ‘leite e mel’.
Depois de Abraão, a liderança foi passando de pai para filho. De Abraão foi para Isaque e depois para Jacó. Este último, teve um destaque interessante, pois Jacó teve seu nome mudado para Israel e teve doze filhos, que deram origem as doze tribos de Israel.
Mas tiveram tempos complicados. Os hebreus tiveram conflitos com vizinhos e uma terrível seca que assolou a Palestina, obrigando-os a emigrar para o Egito, onde permaneceram por mais de 400 anos. Eram perseguidos e escravizados pelos faraós.
Somente a idéia de libertação consolou um povo abatido e escravizado. Essa idéia veio por meio de Moisés. Os hebreus liderados por ele , fugiram do Egito. Essa fuga é conhecida como “Êxodo”. Podemos ver no êxodo, do relato bíblico algumas particularidades, como a ocasião em que o Deus dos hebreus , Jeová, abriu o mar Vermelho. Eles fugiram do Egito, perambularam 40 anos no deserto e por fim retornaram à palestina.
Durante a perambulação , Moisés não chegou a entrar na Palestina, por isso quem os conduziu até lá foi Josué, sucessor de Moisés. Mas para reapossarem a Palestina, os hebreus tiveram que travar intensas lutas com os cananeus e posteriormente com os filisteus, povos que ocuparam a região. Foram quase 2 séculos de lutas e nesse período os hebreus foram governados pelos juízes.
E assim passamos para a segunda era hebraica.
GOVERNO OU ERA DOS JUÍZES
Antes quem julgava os hebreus era o patriarca. Agora havia líderes militares, indicados das doze tribos que julgavam tudo. Esse período se estendeu por uns 300 anos, entre a conquista da Palestina ( chamada também de Canaã) até o início da monarquia.
Entre esses chefes estavam: Gideão, Jefté, Samuel e Sansão, conhecido por sua monstruosa força.
GOVERNO OU ERA DOS REIS ( MONARQUIA)
Os filisteus ainda representavam muita ameaça aos hebreus, visto que lutavam pelo completo controle do território da Palestina. Isso fez com que os hebreus instituíssem a monarquia, para poder assim centralizar o poder e ter mais força para enfrentar os adversários.
O primeiro rei hebreu foi: Saul, da tribo de Benjamim. Ele, porém não teve sucesso em enfrentar os inimigos e, em batalha ao ver que não conseguiria derrotar seus adversários, ele e seu escudeiro se suicidam.
Já no século XI a.C.,Davi , sucessor de Saul, conseguiu mostrar eficiência nos combates militares. Venceu os inimigos, tornou a nação hebraica forte e estabilizada. Tinham um exército brilhante e Jerusalém se tornou a capital. Davi conseguiu o grande feito de expandir os domínios do reino.
O apogeu do reino de Israel situa-se na época de David (1029/1015? – 975/960? a.C.), segundo rei de Israel e sucessor de Saul. É um reinado assinalado por ações militares. O rei-profeta conquista Jerusalém tornando-a capital política e religiosa do povo de Israel; luta contra os filisteus, amonitas, arameus, moabitas e edomitas. A zona de influência do poderio de David estendia-se desde o Mar Vermelho até as cercanias do Eufrades. Para manter essa influência, o soberano organizou um exército no qual existiam numerosos mercenários estrangeiros.
A história da sucessão do trono por Davi (Sam. 2,9-20, I Re. 1,2), quando este tinha por volta de 33 anos, é a narração bíblica que mais se aproxima do conceito moderno de História. O autor presta atenção aos detalhes dos eventos e personagens e interpreta o curso dos acontecimentos à luz das motivações humanas, nela encontramos uma pena aplicada por David contra os assassinos do rei Isboset (Isbaal), que havia se refugiado na Transjordânia, mandando arrancar as mãos e os pés dos culpados:
Recab e Baana, filhos de Remon de Berot, chegaram à casa de Isboset na hora mais quente do dia, quando Isboset dormia, entraram sem serem percebidos, foram até a cama de Isboset e o mataram e após cortarem-lhe a cabeça, carregaram-a andando a noite toda pela estrada do deserto.
Levaram a cabeça de Isboset a David em Hebron, e disseram ao rei: "Aqui está a cabeça de Isbosetl, filho de Saul, o inimigo que queria matar você. Javé trouxe hoje ao senhor meu rei uma vingança contra Saul e sua descendência". (Samuel 2:8).
David, porém, dirigiu-se a Recab e seu irmão Baana, filhos de Remon de Berot, e lhes disse: "Pela vida de Javé (Jehovah), que me salvou a vida de todo perigo! Quem anunciou a morte de Saul, acreditava que estava trazendo uma boa notícia! Pois eu o prendi e o matei em Siceleg, em troca da boa notícia! Com maior razão ainda, será que não devo pedir contas a vocês do sangue de Isboset e fazê-los desaparecer da face da terra, por terem matado um homem honesto dentro de sua casa, enquanto dormia na sua cama?". (Samuel 2:9,10,11).
Então Davi ordenou a seus homens que matassem Recab e Baana. Eles cortaram as mãos e os pés dos dois e penduraram seus corpos perto do açude de Hebron. Depois pegaram a cabeça de Isboset e a enterraram no túmulo de Abner, em Hebron.
Seu filho, Salomão, o sucedeu em 966 a. C., este ficou conhecido na história pela imensa fortuna e sabedoria que adquiriu. Se tornou rei muito jovem, segundo a Bíblia, sua primeira esposa foi a filha de faraó, mas depois dela chegou a ter 700 esposas e 300 concubinas. Ampliou a participação no comércio, construiu várias obras públicas, como o famoso templo de Jerusalém, dedicado a Jeová. Os exageros iam da economia à cultura.
Mas haviam altos impostos e os camponeses trabalhavam muito nas construções. Isso gerou descontentamento geral que piorou com a morte de Salomão. O resultado foi que com o filho de Salomão, o reino acabou se dividindo. Criando o reino de Israel e o reino de Judá. Com as capitais em Samaria e Jerusalém , respectivamente.
O reino, com isso o reino ficou vulnerável e logo foi levado ao cativeiro pelos babilônios. Estes saquearam o templo em Jerusalém e destruíram tudo. O cativeiro iniciou-se em 587 a.C. e durou até 538 a.C. depois houve o retorno a Palestina e o início da reconstrução das muralhas da cidade, do templo e da própria cidade.
Mais tarde, foram conquistados novamente pelos greco-macedônios e pelos romanos.
Em 70 d.C. Tito, general romano, destruiu Jerusalém e os hebreus abandonaram a Palestina. Esse abandono é chamado de Diáspora.
Somente em 1948 foi fundado novamente o Estado de Israel, junto com conflitos com árabes e de outras nacionalidades. Mas somente nos anos 90 , foi que surgiram acordos, mas não com paz completa.
SOCIEDADE HEBRAICA
A maioria eram camponeses, pastores e escravos. Pagavam altos impostos ou então serviam em vários trabalhos como o serviço militar. Acima dessa classe tem os burocratas e comerciantes. No topo estavam os grandes fazendeiros, sacerdotes, funcionários públicos e a família real.
Como mostra a pirâmide abaixo:

ECONOMIA
Na maior parte do tempo a economia era baseada na agricultura e na criação de ovelhas e cabras. Somente a partir do reinado de Salomão é que os hebreus desenvolveram mais o comércio. Daí começaram a buscar o individualismo, o lucro. Infelizmente isso resultou na desigualdade social.
CULTURA
Os hititas, habitantes da Ásia, os ensinavam a usar o ferro. Os araneus da Síria, os influenciaram na língua e na escrita, usando o aramaico.
Mas a religião era a base da cultura. O monoteísmo – crença em um só deus- acabou, fundando o cristianismo e o islamismo. Os hebreus tinham Jeová ou Iavé, como único Deus. Acreditavam que Jeová enviaria o messias e que libertaria o povo. Comemoravam a Páscoa, que na verdade representava a saída dos hebreus do Egito( êxodo) além do pentecostes, que era o derramamento do Espírito Santo sobre os cristãos. Guardavam também o sábado, resguardando-se de qualquer atividade.
Na literatura, destaca-se a Bíblia que é dividida por eles em:
• livros históricos: que descrevem a própria história deles, desde Josué até a conquista e dominação Persa. São estes os livros de: Josué,Juízes, Samuel.
• Livros proféticos: são livros proféticos de acontecimentos futuros. Entre eles estão os livros de : Isaías, Daniel, Ezequiel e Amós.
• Livros didáticos: são os que ensinam princípios religiosos, morais e sociais. Entre eles tem-se os livros de :Jó, Salmos, Provérbios e o cântico de Salomão também chamado de Cântico dos cânticos.
Os hebreus nos influenciam muito em sentido religioso e literário, mas foram vagarosos no desenvolvimento científico. Na arquitetura destaca-se o Templo em Jerusalém, dedicado a Jeová, construído por Salomão.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

A FRANÇA, A ALEMANHA, E A ITÁLIA NOS DIAS DE HOJE

1. A FRANÇA
1.1 DEMOGRAFIA
A população da França é estimada em 63 milhões, sendo que uns 17% vivem ao redor de Paris (Île-de-France). A taxa de crescimento da população é baixa: 0,4%. O PIB em poder de compra equivalente (PPP) foi de US$ 26 mil por capita em 2002. A população economicamente activa é de 25 milhões. A taxa de desemprego está em 9%. Cerca de 20% da população passou dos 60 anos.
1.2 ECONOMIA
A França apresenta uma economia muito desenvolvida e é um dos países mais ricos do planeta. Até meados do século XIX, a economia francesa era essencialmente agrícola, com importantes atividades artesanais. O desenvolvimento dos transportes, na segunda metade do século XIX, acelerou a concentração, em certas áreas, de atividades industriais. Métodos modernos de fabricação em série foram implantados após a primeira guerra mundial.
Hoje em dia a economia da França é a 6ª nação mais rica do planeta em termos de PIB nominal, atrás do Estados Unidos da América, do Japão, da Alemanha, da China e do Reino Unido. São de capital francês empresas como: Carrefour, Champion, Citroen, Michelin, Peugeot, Renault, etc.
Por esse motivo, da enorme riqueza que faz da França uma das nações da "elite" mundial, podemos dizer sem dúvida alguma que a França é um dos países mais industrializados do mundo, seus produtos se espalham por lojas e casas de todo o planeta. Um dos setores que movimentam a economia da França em grande escala, sem dúvida nenhuma, é o turismo, fazendo da França o país que mais recebe turistas por ano (70 milhões de visitantes), que depositam no país dezenas de bilhões de dólares. Alguns dos principais produtos exportados pela França são seus vinhos, perfumes e culinária.
1.3 RELIGIÃO
Uma ampla variedade de religiões é praticada na França, pois a liberdade de culto é um direito assegurado na Constituição. De acordo com uma pesquisa de março de 2003, 64% das pessoas pesquisadas identificaram-se como Cristãs; destes, 97% como Católicos (63% do total); 26% como não afiliados a religiões, e os 10% restantes como outras religiões além do cristianismo, a maioria como Islâmicos.
2. A ALEMANHA
2.1 DEMOGRAFIA
A Alemanha é o segundo país mais populoso da Europa, sendo superado apenas pela Rússia. A afluência à zona ocidental de alemães doutros pontos do país e de imigrantes de diferentes nacionalidades, assim como a tendência ao estancamento do crescimento vegetativo, têm sido as principais características da evolução demográfica.
A maior parte da população descende de diversos grupos germânicos que se estabeleceram na região centro-europeia no primeiro milénio antes da era cristã. Esses grupos partilhavam a mesma língua, embora expressa em muitos dialetos, mas apresentavam características étnicas heterogéneas que acentuaram-se ao longo da história em consequência da fusão com outros povos, como os celtas e os eslavos. O alemão é a língua oficial, sendo a primeira língua de 91% dos alemães.
2.2 ECONOMIA
A Alemanha é a maior economia da Europa e a terceira economia a nível mundial, atrás dos Estados Unidos da América (EUA) e do Japão, em termos de Produto Interno Bruto (PIB). O país é o grande líder mundial em número de exportações, domina quase 35% do transporte mundial de mercadorias pelo mar e concentra, no Vale do Ruhr, o maior complexo industrial da Europa. São de capital alemão empresas como Adidas, Allianz, Audi, Basf, Bayer, BMW, Boehringer-Ingelheim, Robert Bosch GmbH, Daimler AG, Deutsche Bahn, Deutsche Bank, Deutsche Post, Hugo Boss, Lufthansa, Porsche, Siemens, Volkswagen, Wella, entre outras, que demonstram a força econômica alemã nos mais diversos segmentos de mercado.
A capital financeira da Alemanha é Frankfurt, onde se localiza a Bolsa de Valores de Frankfurt, a maior e mais importante Bolsa de Valores da Europa.
2.3 EDUCAÇÃO
Na Alemanha, o verdadeiro responsável pelo sistema de ensino são os estados (Bundesländer), enquanto o governo desempenha apenas um pequeno papel. O Jardim da Infância é opcional e é fornecido a todas as crianças entre três e quatro anos de idade. Após esta fase, deve-se frequentar a escola por no mínimo nove anos (Schulpflicht).
A educação primária normalmente dura quatro anos. Já a educação secundária inclui quatro tipos de escolas baseadas nas habilidades do aluno, de acordo com as recomendações do professor: o Gymnasium inclui as crianças mais bem dotadas e as prepara para o estudo universitário; a Realschule tem uma grande gama de conteúdo para estudantes intermediários; a Hauptschule prepara o aluno para uma escola profissionalisante e a Gesamtschule, ou escola integrada, que combina os três caminhos.
Para entrar em uma Universidade ou escola superior, é necessário que os estudantes prestem uma prova chamada Abitur. Apesar disso, os estudantes que possuem um diploma de uma escola profissionalisante também possam entrar. Um sistema especial de aprendizado chamado Duale Ausbildung (dupla qualificação) permite que o aluno em treinamento profissional estude em uma empresa, ao invés de estudar nas escolas normais.
Apesar de a Alemanha ter uma história de forte sistema educacional, recentemente o Programa Internacional de Avaliação dos Alunos mostrou inúmeros problemas em várias matérias. No teste educacional PISA absolvido em 31 países no ano de 2000, a Alemanha ficou em vigésimo primeiro lugar em leitura e em vigésimo em matemática e ciências naturais, alertando a necessidade de uma reforma no sistema de ensino alemão.
2.4 CULTURA
As contribuições da Alemanha para o património cultural da humanidade são numerosas, o que leva alguns autores a aceitar o "Génio Alemão", celebrado no Romantismo (uma das fases da história da arte onde a Alemanha teve uma proeminência invejável). País conhecido por muitos como das Land der Dichter und Denker (A terra dos poetas e dos pensadores), a Alemanha foi o berço de vultos importantíssimos na história da Arte, como se pode verificar nas várias seções deste artigo. Já para aqueles que vêem no romantismo alemão o signo do nacionalismo e o pendor irracional que culminaria em Adolf Hitler, Karl Kraus forneceu um lema alternativo: Em vez de "Land der Dichter und Denker", Kraus chama-lhe "Land der Richter und Henker" (terra dos juízes e carrascos). Ver também Sturm und Drang.
O país é um centro tradicional da ciência na Europa. Especialmente no século XX, as pesquisas foram revolucionárias. Cerca de 1/3 dos prémios Nobel (química e física) foram laureados a cientistas alemães entre 1901 e 1933.
2.5 RELIGIÃO
As maiores confissões religiosas na Alemanha são o Catolicismo e o Luteranismo (Protestantismo na tradição de Martinho Lutero), respectivamente, com 32,3% e 32,9% de fiéis.
Cerca de 24,9% de alemães se declararam não religiosos ou ateus. Seguem como minorias, Islamismo (4%), seguido por Judaísmo e Budismo (ambos com 0,2%). Outras religiões correspondem a 150 mil pessoas ou 0,15% da população alemã[5].
3. A ITÁLIA
3.1 DEMOGRAFIA
A Itália é um país altamente urbanizado. As maiores cidades do país são Roma, Milão e Nápoles, cada uma com mais de um milhão de habitantes. A densidade populacional italiana é uma das mais altas da Europa, com 197 hab/km², tendo um total de 58.751.711 habitantes (2005).
A Itália possui uma taxa de crescimento populacional anual baixíssima, entre as menores do continente. Famílias que vivem no sul predominantemente agrícola possuem mais filhos do que famílias que vivem no norte industrializado.
3.2 ECONOMIA
A economia da Itália é Hoje a 7ª maior do mundo, e também a 4ª maior economia da Europa quando medida pelo seu PIB PPC. A economia italiana é altamente diversificada, possuíndo um rendimento total e per-capita próximo ao da França e do Reino Unido. Esta economia capitalista permanece dividida entre um norte altamente industrializado e desenvolvido, dominado por empresas privadas; e um sul dependente da agricultura, e menos desenvolvido, com uma taxa de desemprego de 20%. Por comparação com os vizinhos da Europa Ocidental, tem um grande número de Pequenas e Médias Empresas PMEs. A maior parte das matérias-primas necessárias à indústria e mais de 75% da energia são importadas.
Durante a última década, a Itália seguiu uma política fiscal apertada a fim de cumprir os critérios da União Económica e Monetária e beneficiou de taxas de juros e de inflação mais baixas, levando à adesão ao Euro desde o início, em 1999.
3.3 CULTURA
A Itália é um dos países que mais influência teve e tem na cultura europeia e mundial, em todas as áreas da arte e cultura. Enquanto país, não existia antes da unificação das Cidades-Estado. O Risorgimento surge apenas em 1861. Em função disto, muitas tradições culturais que hoje reconhecemos como italianas são mais associadas a regiões específicas do país.
A Itália é o local de nascimento de diversos movimentos artísticos e intelectuais que se espalharam pela Europa e pelo mundo, como o Renascimento e o Barroco. Talvez a maior contribuição italiana para a arte e cultura resida nas obras dos artistas Michelangelo, Leonardo da Vinci, Donatello, Botticelli, Fra Angelico, Tintoretto, Caravaggio, Bernini, Ticiano e Rafael, entre outros. Além da pintura, escultura e arquitectura, as constribuições da Itália para a literatura, ciência e música são incontornáveis.
Na actividade científica destacam-se os nomes de Galileu Galilei, Leonardo da Vinci, Fermi, Cassini, Volta, Lagrange, Fibonacci e Marconi.
Da música popular à clássica, a expressão dos sons tem um papel importatíssimo na cultura italiana. A Itália é o local onde nasceu a ópera, por Claudio Monteverdi. Instrumentos inventados em Itália como o piano e violino permitem executar formas artísticas como a sinfonia, concerto, e sonata).
O cinema italiano também exerceu decisiva influência com o movimento do neorealismo, movimento nascido no país e que revelou grandes diretores como Roberto Rossellini, Vittorio De Sica e Luchino Visconti.
3.4 RELIGIÃO
A Itália foi berço de muitos credos sendo que o próprio Império Romano era considerado como algo a ser respeitado e venerado, porém sua influência religiosa com o passar dos séculos diminuiu bastante. Apesar de a Religião Católica ser a oficial do país, podemos observar hoje muitas formas de fé na Itália. Isso se dá por causa da liberdade de expressão e de culto concedida ao povo italiano pela sua própria Constituição. A Sede Mundial da Igreja Católica Apostólica Romana fica no Vaticano, um Estado Religioso Independente, que fica em território Italiano, e que tem por representante a figura do Papa. Segundo o jornal italiano La Stampa, a segunda maior religião do país em importância são as Testemunhas de Jeová.

OS CAROLÍNGIOS

O reinado dos carolíngios começa tradicionalmente com a deposição do último rei merovíngio, com consentimento papal, e ascensão em 751 de Pepino, o Breve, pai de Carlos Magno. Pepino sucedeu seu próprio pai, Carlos Martel, como mordomo do palácio do reino franco reunido e re-erigido composto de partes anteriormente independentes.
O império carolíngio não tinha sede fixa. Ela era onde o rei e sua corte se encontravam. Embora a cidade onde o rei passava mais tempo era Aquisgrã,no palácio das fontes de águas quentes.
Em 768, Carlos Magno, assumiu o trono e governou até 814. realizou muitas conquistas, expandindo as fronteiras do império. Com isso Carlos garantiu a dependência entre poder central e nobreza. Porque parte das terras conquistadas eram doadas à aristocracia que por sua vez tinha um compromisso de lealdade para o rei-susserano.
As vitórias de Carlos Magno expandiram não só seu território mas também a fé católica sobre as outras religiões.
Suas maiores conquistas foram:
• 773 - Derrotou os Lombardos anexando em seu território o norte da Itália.
• 778 – Estabeleceu uma posse franca na Espanha.
• 804 – Submeteu os saxões que haviam no norte do seu reinado.
O êxito de suas conquistas teve o apoio da igreja. Em 800, Carlos Magno recebeu do Papa Leão III a bandeira de Santo Sepulcro, sendo aclamado ‘’ imperador dos romanos’’. Seu reino foi o mais extenso da Europa Ocidental.
A propriedade da terra era a fonte de riqueza e de prestígio.
Para administrar um império tão grande , Carlos Magno estabeleceu muitas normas escritas, as chamadas capitulares, que funcionavam como leis.
Entre os administradores estavam:
• Condes: responsáveis pelo cumprimento das capitulares e pela cobrança de impostos dos condados,ou seja, territórios do interior;
• Marqueses: cuidavam dos territórios situados na fronteira do império, ou seja, das marcas.
• Missi-dominici: inspetores do rei, que viajavam por todo o reino para fiscalizar a atividade dos administradores locais.
Carlos Magno preocupou-se em promover o desenvolvimento cultural de seu reino. Então ele, apoiado por intelectuais, abriu escolas e mosteiros, apoiou a tradução e a cópia de manuscritos antigos e protegeu artistas.
Seu governo foi marcado por atividade intelectual nas áreas das letras, artes e educação. Isso foi chamado de Renascença Carolíngia, que contribuiu para a preservação e transmissão da cultura da antiguidade clássica.
Após a morte de Carlos Magno, em 814, o governo passou para seu filho Luis,O piedoso,que permaneceu no poder até 841. Isso mostra que o grande reino de Carlos Magno não durou muito. Porque já com os seus netos começaram as disputas.
Seus netos eram: Lotário, Carlos o calvo e Luis o Germânico. Depois que esgotaram o império os irmãos assinaram o Tratado de Verdum(843).
Esse tratado dividia o reino em três partes.
A Luis coube a França Oriental( atual Alemanha);Carlos herdou a França Ocidental( atual França); Lotário ficou com o território do centro da atual Itália até o Mar do Norte, que se chamou Lotaríngia.
Essa divisão do poder real e do território foi acompanhada de uma crescente autonomia e independência dos Condes.
A parte que ficou com Luis deu origem a um novo império, o Germânico. Até o século X, os grandes senhores feudais daquela região eram fiéis aos descendentes de Carlos Magno. Após o fim da dinastia Carolíngia, a Germânia passou a ser controlada por cinco famílias , onde o poder das terras ficaram divididas em cinco ducados:
Saxônia, Lorena, Francônia, Baviera e Suábia.
Entre estes reis não havia sucessão dinástica.
Os reis germânicos continuaram na tradição Carolíngia e aliaram-se ao Papa, levando o nome do império para Sacro Império Romano- Germânico.
Este império durou até o início do século XIX, quando foi destruído pelas guerras napoleônicas.
E assim mais um império desaparece, deixando para as gerações seguintes sua cultura e personagens importantes para serem estudados e assim lembrados mais uma vez.